quarta-feira, 25 de março de 2020

Coronavírus - A vida nunca mais será a mesma?




Coronavírus - A vida nunca mais será a mesma? 


A imprevisibilidade da vida passou a ditar o tom após tomarmos contato com a existência do coronavírus. Estamos com medo. Nunca tínhamos visto algo dessa magnitude. Antes de dormir, a minha mente é assaltada pelos pensamentos referentes ao coronavírus e permanecem em meus sonhos como um eco... Ao despertar, antes de me dar conta de quem sou, a imagem do mapa mundi tomado pelo vírus me dá as boas vindas e então percebo que acordei para um pesadelo.


Tento imaginar o que são 20.000 mortes no mundo. Enfileiro mentalmente 10 pessoas. Multiplico-os por 10 = 100. Depois tento imaginar 1.000 pessoas, em seguida 20.000.  Temos no mundo hoje, 450.000 infectados pelo coronavírus. É um quadro desalentador.  As pessoas não são números... Cada uma com as suas particularidades. Como tudo isso é triste. Não fosse o vírus e estariam vivas! 


Vi no Daily Mail fotos dos doentes febris deitados nos corredores dos hospitais na Espanha. São 700 mortes a cada noite na Itália. Nem posso imaginar o caos que a África e Índia enfrentarão, como também os outros países sem recursos, incluindo o meu. Aqui não há testes para todos, nem mesmo para os doentes. Tampouco máscaras e luvas cujo pedido se esgotou nas farmácias antes de chegarmos a 10 mortes. Tenho esperança de que aqui, a nossa mania de lavar as mãos toda hora detenha um pouco a transmissão. Na semana passada, nosso governador Ibaneis determinou o fechamento das escolas, comércio, com exceção de farmácias, supermercados e outros poucos. As ruas de todo o país estão desertas. Os que insistem em desobedecer, são alertados para que retornem às suas casas. A emergência agora é a saúde! Estimam que o número seja mais de 600.000 mil de contaminados no mundo, considerando que há pessoas assintomáticas, espalhando o vírus.


Será que nunca mais viveremos como antes? O certo é que enquanto não tivermos a vacina, estamos fadados ao confinamento, e essa ideia de "imunização de rebanho" é a teoria mais insana que já ouvi. Está fora de cogitação. A imunização matará o "rebanho", infectologista maluco. Volte para a escola!


Não há mais como se despedir dos familiares. Os velórios são feitos rapidamente, em alguns países. Em outros, os corpos vão direto para a cremação. Em Madri, no "Palácio de Gelo", os corpos são colocados na pista de patinação, para melhor conservação, tal a quantidade. Necrotério improvisado.



Assisto, com assombro, o que tem ocorrido nos países europeus, nos Estados Unidos, demais países. Antes, acompanhei diariamente os acontecimentos em Wuhan e não entendo por que os demais países, com exceção da Coreia do Sul, Japão e uns poucos, não levaram a sério o coronavírus, quando ainda na China. Tracei estratégias naquela ocasião, já atemorizada, lendo tudo sobre o assunto para agir acertadamente e antecipadamente, me antepondo aos problemas como forma de mantê-lo o mais longe possível.


Ó querida Itália, berço dos meus antepassados, mantenha-se firme! O mesmo quanto  aos demais países. Precisamos derrotar esse vírus. O meu coração está em cada um, como se percorresse cada corredor, ouço a respiração ofegante dos doentes, sinto os seus temores e dores como se me acompanhassem aonde vou...  

S. C.

Abaixo, algumas das músicas italianas que ouvi na infância. Tão familiar... tão emocional.  











Acima, duas cantoras brasileiras, mãe e filha, descendentes de italianos, cantado neste idioma. Luiza e Zizi Possi (filha à esquerda, mãe à direita, no vídeo. Desde a adolescência sempre gostei da Zizi Possi. Então, quando a filha nasceu e até hoje, sinto grande ternura também pela filha dela. São uns amores. Canzone per Te. A vantagem é que muitos de nós, brasileiros, entendemos várias palavras e frases em italiano pois nossos idiomas tem raízes no latim.


Canzone Per Te

Sergio Endrigo

La festa è appena cominciata
È già finita
Il cielo non è piú con noi
Il nostro amore era l'invidia
Di chi è solo
Era il mio orgoglio
La tua allegria

È stato tanto grande ormai
Non sa morire
Per questo canto e canto te
La solitudine che tu
Mi hai regalato
Io la coltivo come un fiore

Chissa se finirá
Se un nuovo sogno
La mia mano prenderà
Se a un'altra io diró
Le cose che dicevo a te

Ma oggi devo dire che
Ti voglio bene
Per questo canto e canto te
È stato tanto grande ormai
Non sa morire
Per questo canto e canto a te

Chissà se finirà
Si un nuovo sogno
La mia mano prenderà
Se a un'altra io dirò
Le cose che dicevo a te

Ma oggi devo dire che
Ti voglio bene
Per questo canto e canto te
È stato tanto grande ormai
Non sa morire
Per questo canto e canto te























Adagio



(Adágio em Sol Menor, Composição de Albinoni)
Lara Fabian (cantora)

Non so dove trovarti
Non so come cercarti
Ma sento una voce che
Nel vento parla di te
Quest'anima senza cuore
Aspetta te
Adagio

Le notti senza pelle
I sogni senza stelle
Immagini del tuo viso
Che passano all'improvviso
Mi fanno sperare ancora
Che ti troverò
Adagio

Chiudo gli occhi e vedo te
Trovo il cammino che
Mi porta via
Dall'agonia
Sento battere in me
Questa musica che
Ho inventato per te

Se sai come trovarmi
Se sai dove cercarmi
Abbracciami con la mente
Il sole mi sembra spento 
















Se Non Avessi Pi Te

Se non avessi più te, meglio morire, perché questo silenzio
Che nasce intorno a me, se manchi tu, mi fa sentire
Solo come un fiume che va verso la fine, questo devi sapere
Da queste mie parole puoi capire quanto ti amo
Ti amo per sempre
Come nessuno al mondo ha amato mai
Ed io lo so che non mi lascerai, no, non puoi
Io posso darti, lo sai, solo l'amore, posso amarti per sempre
Ma come il fiume che va, io troverei la fine se non avessi più te


























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