O mérito desta publicação vai todo para a National Geographic.
Como mutações do coronavírus podem ajudar a traçar rota de propagação e refutar conspirações
Mudanças no patógeno auxiliam cientistas a acompanhar casos sem a realização de testes em massa — e mostram que o vírus não é uma arma biológica.
sexta-feira, 3 de abril de 2020Imagem de um microscópico eletrônico de uma amostra do primeiro caso nos Estados Unidos do coronavírus que causa a Covid-19, anteriormente conhecido como 2019-nCoV. As partículas virais esféricas, de cor azul, contêm seções transversais no genoma viral, vistas como pontos pretos.
Imagine o projeto de código aberto Nextstrain.org como um museu de epidemias. Laboratórios em todo o mundo contribuem com sequências genéticas de vírus coletados de pacientes e o Nextstrain utiliza esses dados para descrever a evolução das epidemias com mapas globais e gráficos filogenéticos, que são as árvores genealógicas dos vírus.
Até o momento, o Nextstrain processou quase 1,5 mil genomas do novo coronavírus e os dados já mostram como esse vírus está sofrendo mutações — a cada 15 dias, em média — conforme a pandemia de Covid-19 assola o mundo todo.
Por mais alarmantes que pareçam, as mutações não significam que o vírus esteja se tornando mais prejudicial. Em vez disso, essas mudanças sutis no código genético do vírus estão ajudando os pesquisadores a descobrir onde ele esteve, além de dissipar mitos sobre suas origens.
“Essas mutações são completamente benignas e úteis como uma peça do quebra-cabeça para descobrir como o vírus está se espalhando”, diz Trevor Bedford, cofundador do Nextstrain e biólogo computacional do Fred Hutchinson Cancer Research Center, em Seattle.
Essa primeira abordagem genética para rastrear o coronavírus surgiu como uma luz no fim do túnel em meio a uma enxurrada de manchetes devastadoras sobre a pandemia. Estudos científicos semelhantes foram fundamentais para decodificar epidemias anteriores, como a de zika e ebola. Contudo especialistas afirmam que o custo cada vez menor e o aumento da velocidade e eficiência das ferramentas de sequenciamento genético tornaram possível a documentação ainda mais rápida do caminho destrutivo do coronavírus, realizada por um pequeno exército de pesquisadores em todo o mundo. As informações obtidas podem ajudar as autoridades a alterar suas estratégias de contenção para mitigação, especialmente em locais onde não há testes disponíveis.
“Se voltarmos cinco anos ao vírus ebola, foi um processo que durou um ano, desde a coleta de amostras até o sequenciamento de genomas e seu compartilhamento público”, diz Bedford. “Agora, o tempo é muito mais curto — de dois dias a uma semana — e a capacidade em tempo real de utilizar essas técnicas de forma a impactar positivamente o surto é nova.”
Utilizando as mutações para acompanhar os casos
O laboratório de Bedford utiliza genética para rastrear o novo coronavírus, conhecido como SARS-CoV-2, desde que os primeiros casos nos Estados Unidos começaram a se multiplicar no estado de Washington, em fevereiro e março. Naquela época, as autoridades de saúde pública se concentravam em rastrear o histórico de viagens dos pacientes e estabelecer conexões entre as pessoas potencialmente infectadas que haviam encontrado ao longo do caminho.
Enquanto isso, Bedford e sua equipe se concentravam em conhecer o código genético do vírus, analisando amostras nasais coletadas de cerca de duas dúzias de pacientes. A descoberta deles foi esclarecedora: ao rastrear como e onde o vírus sofreu mutações ao longo do tempo, Bedford demonstrou que o SARS-CoV-2 estava incubado silenciosamente na comunidade há semanas desde o primeiro caso documentado em Seattle, em 21 de janeiro. O paciente tinha 35 anos e havia estado recentemente no primeiro epicentro do surto em Wuhan, na China.
Em outras palavras, Bedford tinha provas científicas de que as pessoas poderiam, sem saber, espalhar o coronavírus se apresentassem o quadro leve da doença e não procurassem atendimento, ou se não tivessem sido testadas por descuido do processo de vigilância tradicional. Essa revelação impulsionou os exaltados bloqueios, fechamentos e recomendações de distanciamento social em todo o mundo, na tentativa de retardar a disseminação.
“O que ficou claro é que os dados genômicos oferecem uma história muito mais rica sobre como o surto está ocorrendo”, diz Bedford.
As ferramentas de visualização do Nextstrain também ajudaram a envolver um público que tem muita vontade de aprender sobre a ciência do coronavírus, diz Kristian Andersen, bióloga computacional da Scripps Research em La Jolla, na Califórnia, cujo laboratório contribuiu com o projeto oferecendo mais de mil genomas, incluindo o do vírus da Febre do Nilo Ocidental e o do vírus da zika.
“Gosto dessas ferramentas porque, durante muito tempo, apenas nerds como eu olhavam para essas árvores e agora elas estão espalhadas pelo Twitter”, diz Andersen. O ethos de código aberto do site também gerou entusiasmo no compartilhamento de genomas entre pesquisadores de todo o mundo, que se oferecem para enviar amostras virais ao seu laboratório ou que o contatam para obter orientações específicas sobre como sequenciar o vírus. “Eles observam os dados exibidos e dizem ‘Temos pacientes também. Gostaríamos de sequenciá-los.’”
Embora tais gráficos e árvores sejam úteis para se ter uma visão geral de como a pandemia se desenvolve, Andersen adverte que visitantes aleatórios do site não devem tirar conclusões precipitadas, porque eles não conseguem analisar dados históricos mais extensos. Caso em questão: Bedford teve que voltar atrás no Twitter depois de sugerir que dados de sequenciamento semelhantes provenientes de um paciente alemão infectado na Itália e de um paciente de Munique infectado um mês antes mostravam que o surto europeu havia começado na Alemanha.
“A árvore pode sugerir uma conexão, mas há tantas peças ausentes na cadeia de transmissão que pode haver outras explicações sobre o que poderia ter acontecido”, afirma Andersen.
E em lugares onde os testes e a vigilância baseada em casos são limitados, Bedford diz que os dados genéticos continuarão fornecendo pistas para dizer se todas essas intervenções de distanciamento social estão funcionando.
“Poderemos dizer o quanto a transmissão foi reduzida e responder à pergunta: ‘Podemos tirar o pé do acelerador?’”, diz ele.
Não é uma arma biológica
Além disso, a capacidade de revelar a história evolutiva do vírus ajudou os pesquisadores a refutar teorias da conspiração, de que o SARS-CoV-2 havia sido secretamente produzido em laboratório para ser usado como arma biológica.
Um artigo de 17 de março publicado na revista científica Nature Medicine, também de autoria de Andersen, abordou o assunto comparando as características genômicas do SARS-CoV-2 com as de todos os seus parentes mais próximos, incluindo o SARS, o MERS e cepas isoladas de animais, como morcegos e pangolins.
Primeiramente, grande parte da estrutura básica do SARS-CoV-2 é diferente de qualquer outro coronavírus estudado anteriormente em laboratório. O novo coronavírus também contém características genéticas que sugerem que o vírus teve contato com um sistema imunológico vivo e não foi cultivado em uma placa de Petri.
Além disso, um responsável por criar armas biológicas desejaria um grande impacto e poderia contar com a história para obtê-lo, mas o novo coronavírus apresenta falhas sutis que indicam seleção natural. Por exemplo, os coronavírus utilizam proteínas da espícula, que se parecem com brócolis, para se ligar a “portas” celulares chamadas de receptores e então as acessarem. É assim que os vírus infectam as células animais. Experimentos demonstraram que o novo coronavírus se liga a um receptor humano chamado ECA2, mas a interação não é eficiente, explicam os autores.
“Alguém que quisesse criar o vírus perfeito não teria escolhido essa atividade viral”, afirma Andersen. No geral, suas análises sugerem que o vírus foi transmitido de um animal aos humanos em novembro.
No futuro, o sequenciamento genético se tornará uma ferramenta ainda mais importante para identificar surtos virais locais ou regionais antes que eles se espalhem.
“Se um possível vírus surgir em uma comunidade na África, por exemplo, agora podemos levar amostras para o laboratório e realizar um sequenciamento shotgun”, diz Phil Febbo, médico e diretor médico da Illumina, a maior fabricante de máquinas de sequenciamento genético do mundo, com sede em San Diego, na Califórnia. A técnica shotgun permite que os pesquisadores sequenciem filamentos genéticos aleatórios para identificar um vírus mais rapidamente, permitindo que as autoridades determinem com mais agilidade as medidas apropriadas de contenção e, assim, interrompam a transmissão.
Ainda há muito trabalho a ser feito para criar uma rede de vigilância global de resposta rápida: laboratórios precisam ser construídos. É necessário o apoio dos governos. É preciso recrutar e treinar funcionários para operar máquinas de sequenciamento e interpretar os resultados.
Usando a síntese, esses barulhos ou estrondos que as pessoas têm relatado ouvir são reais e têm estreita relação com a mudança da pressão atmosférica. O som é causado quando os gases entram em contato com a pressão atmosférica. Com a quarentena, a poluição diminuiu das indústrias, carros, etc. diminuiu causando mudanças na pressão atmosférica (menos dióxido de nitrogênio - NO2 e gás carbônico - CO2, das emissões inclusive dos aviões).
Esses estrondos foram ouvidos em várias capitais do mundo. Belo Horizonte, MG, Brasil, como em cidades da Inglaterra e outros países deixando algumas pessoas aterrorizadas, alguns falando em apocalipse. NÃO! Recorram à ciência, usem a faculdade da razão, pesquisem mais. Existem as crenças religiosas, as crenças políticas, até as crenças pessoais (quando engrandecemos demais as pessoas, imaginando que possuem valores de caráter e os exacerbamos além da conta). Todos incorremos nesses erros, ou a maioria. Isso me fez lembrar da "imagem do anão", ou "analogia do anão". Não posso esquecer de trazer essa imagem aqui, um dia. Retomando o assunto, as pessoas têm feito esses relatos nas redes sociais.
A professora pós-graduada em física Bruna Ignaczuk afirma, em entrevista ao BHAZ, que o som pode estar ligado à movimentação de gases na atmosfera, com as mudanças ocasionadas pelo coronavírus (relação indireta). O confinamento em massa de grande porcentagem da população mundial trouxe mudanças. "Muitos barulhos que o planeta faz estão fora do nosso alcance de audição mas quando esses sons são traduzidos para a nossa faixa de som, pode ser bem assustador." Fenômeno estudado pela NASA, "Skyquake". Tribute tal evento também à "energia cósmica no espaço e interações com o campo magnético da Terra."
You can translate the entire blog into your language, be it into English, French, German, Spanish, Italian ... several. See "google translate" on the right. In the upper right corner. Enquanto tento extrair dos jornais online as informações mais confiáveis sobre o coronavírus, quanto ao que manifestam os médicos infectologistas, inevitavelmente vejo que a situação guarda semelhança com o que diz a Parábola dos Cegos. Parece que estamos perdidos. Todos nós. Em nenhum momento senti segurança com as informações do diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. Confio mais no nosso ministro da Saúde Luiz Mandetta.
"A obra (veja quadro na primeira foto) não é mais do que uma dolorosa metáfora de uma humanidade trôpega e hesitante que não tem nenhuma ideia do que o destino lhe reserva. Nem onde está nem para onde vai, como tantas vezes assegurou Schopenhauer. São seis figuras miseráveis em roupas remendadas, apoiadas em longos cajados que servem somente para evitar que desabem, mas que de nada servem para orientar-lhes o caminho adiante. Seria a poderosa e patética imagem também uma crítica aos líderes ou profetas que, desatinados, como tantos que existiram nos derradeiros séculos, levaram as multidões ao abismo? A composição denominada A Parábola dos Cegos é uma pintura do artista Pieter Bruegel, o Velho, que teve como inspiração uma passagem bíblica (Mateus: 15:14), em que Cristo faz um paralelo entre a cegueira da fé e a verdadeira cegueira. O pintor apresenta um grupo de seis cegos, em fila indiana, sendo que o da frente conduz o que está atrás. O líder dos cegos é um músico, como mostra seu violão em meio à água. Ao cair de costas num brejo, o primeiro cego coloca os outros em apuro. O que vem atrás dele se desequilibra e é visto caindo, com sua vasilha de pedir esmolas voando pelos ares. Por sua vez, o terceiro cego, que traz um rosário e uma vasilha no cinto e um chapéu na mão, ligado ao segundo por um bastão, é também conduzido para uma inevitável queda, conforme mostram seus pés em desequilíbrio. E, em consequência, os outros também cairão, num efeito dominó. É interessante notar a sensibilidade do artista, que usou cores apagadas para aproximar o observador do mundo dos cegos. Ele também os colocou em diagonal, partindo do canto superior esquerdo em direção ao canto inferior direito, onde culmina o desastre, com a derrocada do grupo. O que também repassa a sensação de que estão descendo ladeira abaixo. Chama a atenção a perspicácia do pintor, que deu a cada cego uma expressão totalmente diferente, sendo possível reconhecer cinco tipo de doenças oculares. Também merece observação o fato de os cegos manterem a cabeça levantada, pois isso lhes facilita usar melhor os demais sentidos. Como se vê, a vivência de Bruegel em meio à gente comum, favoreceu-lhe, grandemente, o senso de observação. À esquerda do grupo são vistas algumas casas, uma igreja, algumas árvores e um brejo."
A Parábola dos Cegos é tida como uma das obras-primas do pintor, que mais uma vez esmera-se nos detalhes, como a mudança da expressão de cada rosto. O último cego mostra-se totalmente confiante, mas mudanças vão ocorrendo até chegar à queda.
A parábola dos cegos
Contempla-os, ó minha alma; eles são pavorosos!
Iguais aos manequins, grotescos, singulares, Sonâmbulos, talvez, terríveis se os olhares, Lançando não sei de onde os globos tenebrosos.
Cruzam assim o eterno escuro que os invade, Esse irmão do silêncio infinito/Digo: que buscam estes cegos ver no Céu?
A imprevisibilidade da vida passou a ditar o tom após tomarmos contato com a existência do coronavírus. Estamos com medo. Nunca tínhamos visto algo dessa magnitude. Antes de dormir, a minha mente é assaltada pelos pensamentos referentes ao coronavírus e permanecem em meus sonhos como um eco... Ao despertar, antes de me dar conta de quem sou, a imagem do mapa mundi tomado pelo vírus me dá as boas vindas e então percebo que acordei para um pesadelo.
Tento imaginar o que são 20.000 mortes no mundo. Enfileiro mentalmente 10 pessoas. Multiplico-os por 10 = 100. Depois tento imaginar 1.000 pessoas, em seguida 20.000. Temos no mundo hoje, 450.000 infectados pelo coronavírus. É um quadro desalentador. As pessoas não são números... Cada uma com as suas particularidades. Como tudo isso é triste. Não fosse o vírus e estariam vivas!
Vi no Daily Mail fotos dos doentes febris deitados nos corredores dos hospitais na Espanha. São 700 mortes a cada noite na Itália. Nem posso imaginar o caos que a África e Índia enfrentarão, como também os outros países sem recursos, incluindo o meu. Aqui não há testes para todos, nem mesmo para os doentes. Tampouco máscaras e luvas cujo pedido se esgotou nas farmácias antes de chegarmos a 10 mortes. Tenho esperança de que aqui, a nossa mania de lavar as mãos toda hora detenha um pouco a transmissão. Na semana passada, nosso governador Ibaneis determinou o fechamento das escolas, comércio, com exceção de farmácias, supermercados e outros poucos. As ruas de todo o país estão desertas. Os que insistem em desobedecer, são alertados para que retornem às suas casas. A emergência agora é a saúde! Estimam que o número seja mais de 600.000 mil de contaminados no mundo, considerando que há pessoas assintomáticas, espalhando o vírus.
Será que nunca mais viveremos como antes? O certo é que enquanto não tivermos a vacina, estamos fadados ao confinamento, e essa ideia de "imunização de rebanho" é a teoria mais insana que já ouvi. Está fora de cogitação. A imunização matará o "rebanho", infectologista maluco. Volte para a escola!
Não há mais como se despedir dos familiares. Os velórios são feitos rapidamente, em alguns países. Em outros, os corpos vão direto para a cremação. Em Madri, no "Palácio de Gelo", os corpos são colocados na pista de patinação, para melhor conservação, tal a quantidade. Necrotério improvisado.
Assisto, com assombro, o que tem ocorrido nos países europeus, nos Estados Unidos, demais países. Antes, acompanhei diariamente os acontecimentos em Wuhan e não entendo por que os demais países, com exceção da Coreia do Sul, Japão e uns poucos, não levaram a sério o coronavírus, quando ainda na China. Tracei estratégias naquela ocasião, já atemorizada, lendo tudo sobre o assunto para agir acertadamente e antecipadamente, me antepondo aos problemas como forma de mantê-lo o mais longe possível.
Ó querida Itália, berço dos meus antepassados, mantenha-se firme! O mesmo quanto aos demais países. Precisamos derrotar esse vírus. O meu coração está em cada um, como se percorresse cada corredor, ouço a respiração ofegante dos doentes, sinto os seus temores e dores como se me acompanhassem aonde vou... S. C. Abaixo, algumas das músicas italianas que ouvi na infância. Tão familiar... tão emocional.
Acima, duas cantoras brasileiras, mãe e filha, descendentes de italianos, cantado neste idioma. Luiza e Zizi Possi (filha à esquerda, mãe à direita, no vídeo. Desde a adolescência sempre gostei da Zizi Possi. Então, quando a filha nasceu e até hoje, sinto grande ternura também pela filha dela. São uns amores. Canzone per Te. A vantagem é que muitos de nós, brasileiros, entendemos várias palavras e frases em italiano pois nossos idiomas tem raízes no latim.
Se non avessi più te, meglio morire, perché questo silenzio Che nasce intorno a me, se manchi tu, mi fa sentire Solo come un fiume che va verso la fine, questo devi sapere Da queste mie parole puoi capire quanto ti amo
Ti amo per sempre Come nessuno al mondo ha amato mai Ed io lo so che non mi lascerai, no, non puoi
Io posso darti, lo sai, solo l'amore, posso amarti per sempre Ma come il fiume che va, io troverei la fine se non avessi più te